Este filme, em forma de díptico, trata do esvair do tempo. No primeiro ato, filmado no maior mercado de flores do mundo, milhões de ramos de flores circulam através de um armazém frigorífico. Já o segundo ato é livremente inspirado numa peça de Luigi Pirandello (L'uomo del Fiori in Boca) sobre um homem com um tumor em forma de flor no lábio que faz conversa com um desconhecido. A conversa, aparentemente mundana, transforma-se num monólogo metafísico em que o homem, sentindo que a morte o ronda, se agarra à vida pelo poder do olhar, que persegue cada detalhe do mundo em redor.