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Working Class Heroes - Pitching

Working Class Heroes - Pitching · Working Class Heroes - Pitching

Multiple Directors

2022, PRT, 90', M12


Indústria 2022 / Working Class Heroes 2022

22 Nov 2022 · Maus Hábitos · 17H30


O Porto/Post/Doc criou o projeto Working Class Heroes, em parceria com a Filmaporto - film commission, com o objetivo de apoiar a produção audiovisual no Porto e sobre o Porto, a partir das histórias daqueles que, ao longo do tempo, o foram construindo.

Trata-se de uma bolsa criativa, de 20.000€, que se concretiza através do convite a cineastas emergentes que tenham uma linha de trabalho que corresponda à filosofia do PPD. Através deste apoio pretende-se criar um espaço de criação que dá ouvidos a todos aqueles que viveram e trabalharam na cidade. É, portanto, um incentivo à escuta dos anti-heróis que fizeram do Porto uma cidade onde se encontram refletidas as múltiplas faces da classe trabalhadora.

Este projeto pretende, por um lado, tornar possível a produção de novas obras cinematográficas e, por outro, que essas obras criem um conjunto de filmes que aproximem as vozes dos cineastas ao território local e à nossa comunidade.

Em cada edição do PPD, três cineastas serão convidados para fazer um pitching perante um júri internacional e o projeto selecionado será produzido durante uma residência artística de 2 anos na cidade do Porto.


CINEASTAS CONVIDADOS

JORGE QUINTELA (Porto, 1981) é realizador e diretor de fotografia, tendo trabalhado com realizadores como Edgar Pêra, Rodrigo Areias, Rita Azevedo Gomes, Gabriel Abrantes , Salomé Lamas e Diogo Costa Amarante. Assinou o documentário sobre o músico Legendary Tigerman, On The Road To Femina (2010), e o filme Ausstieg (2010, Menção Honrosa no Festival Curtas de Vila do Conde). Em 2011 realizou O amor é a solução para a falta de argumento, e em 2013 ganha o grande Prémio do Festival de Curtas de Vila do Conde com Carosello. A sua última curta‐metragem é Sobre El Cielo (2015). Paralelamente ao seu trabalho em cinema, tem apresentado obras de instalação vídeo e 16mm e performances audiovisuais.

MARIANA GAIVÃO (Lisboa, 1984) é realizadora e montadora, tendo colaborado com realizadores como João Pedro Rodrigues, Marco Martins, João Salaviza, Tiago Guedes e Carlos Conceição. A sua primeira curta-metragem, Solo, venceu, entre outros, o prémio para Melhor Curta Metragem do Festival Du Nouveau Cinéma. Depois, realiza a curta First Light e, mais recentemente, a curta Ruby, vencedora do prémio de Melhor Realização no festival Curtas Vila do Conde e do Prémio Cervantes em Roma, no MedFilm Festival (tendo sido apresentada também nos festivais de Roterdão, Palm Springs, ZINEBI ou Las Palmas e estreado comercialmente em Portugal, França, Alemanha, Brasil, Islândia e Uruguai). O seu primeiro documentário, uma co-produção Luso-Alemã, está em fase de rodagem. Foi também programadora do festival Queer Lisboa e lecionou a cadeira de Realização na ETIC.

MÓNICA MARTINS NUNES (Lisboa, 1990). Começou o seu trabalho artístico na cerâmica e depois de estudar Escultura na FBAUL e Artes Plásticas na UdK Berlin, enveredou pelo cinema. Tanto nos seus filmes como nas suas esculturas, ela procura materiais, lugares, pessoas e tradições que resistem à sombra de uma sociedade rápida e que tudo pretende englobar. Experimentando a musicalidade (não melódica) da imagem, procura um ritmo na montagem que entrelaça a natureza linear e cíclica do tempo. O seu primeiro filme Na cinza fica calor ganhou o Golden Dove para melhor curta-metragem documental no DOK Leipzig, em 2018. E o seu segundo filme, Sortes – uma média-metragem realizada em memória ao seu avô – teve estreia mundial no Visions du Réel e está nomeado para o German Short Film Prize.


PROJETOS

NÃO HÁ DIA QUE NÃO VENHA, de Mónica Martins Nunes

Semeiam, cavam, colhem, regam, comem, falam, descansam. Voltam no dia a seguir, recomeçam. A coreografia de gestos milenares do cultivo da terra repete-se, dia após dia, sem falta, sob o martelar dos prédios em construção e o bulir do trânsito.

BUNKER, de Jorge Quintela

O filme propõe uma abordagem ensaística ao projecto arquitectónico do antigo Centro Comercial Stop no Bonfim, Porto, actualmente transformado num conjunto de salas de ensaio, à margem da dinâmica de especulação imobiliária naquela zona da cidade.

VIGÍLIA, de Mariana Gaivão

Quando as cidades dormem, ainda sonham que são livres. Das sombras da noite, os corpos anónimos emergem, cruzando-se na escuridão dos parques, sob as pontes e em ruas desertas, remarcando territórios outrora seus, numa celebração ancestral, mais antiga que o seu próprio nome. Nesta dança noturna, a cidade ainda pertence a quem a guarda.