Em 2021, o Porto/Post/Doc regressou às salas da baixa do Porto com renovada vontade de reencontro entre filmes, públicos e convidados. Durante onze dias, o festival apresentou as suas quatro competições, várias secções temáticas e espaços de diálogo como o Fórum do Real e o programa Call to Action.

Face à crise climática, o festival assumiu um posicionamento claro através do programa "Ideias Para Adiar o Fim do Mundo", concebido durante a pandemia em colaboração com o líder indígena Ailton Krenak. Desenvolvido entre o Porto e a reserva Krenak, este ciclo refletiu urgências ambientais e sociais.

Além dos espaços habituais — Rivoli, Passos Manuel, Planetário e Casa Comum — o festival ocupou a Sala Estúdio Perpétuo, dedicada ao novo documentário português e ao público infantil, e o Coliseu AGEAS, que acolheu a noite de encerramento com a instalação audiovisual "As Filhas do Fogo" de Pedro Costa e os Músicos do Tejo.

A abertura teve lugar com um cine-concerto de "Maria do Mar", de Leitão de Barros, numa versão musicada por Bernardo Sassetti e interpretada por Pedro Burmester com a Orquestra Sinfonietta de Lisboa.

Entre os destaques internacionais estiveram as obras de Basir Mahmood e Theo Anthony, reconhecidas pela sua originalidade e força visual.

O festival promoveu encontros informais e profissionais entre cineastas, público, jornalistas e ativistas, em torno de filmes que abordaram temas contemporâneos e mostraram a diversidade do cinema português e internacional. As conversas do programa Call to Action incentivaram a reflexão sobre comunidade, identidade e resistência.