"O machismo aqui era veemente". Qualquer uma destas artistas poderia ter dito esta frase: Renate Bertlmann, Linda Christanell, Lore Heuermann, Karin Mack ou Margot Pilz. O que une estas mulheres, parte da cena artística vienense dos anos 70, é a memória de uma era de um paternalismo humilhante. Perschon permite que estas mulheres contem as suas histórias de ignorância masculina e da consequente invisibilidade. Quando as artistas falam sobre o assédio sexual, a falta de protecção face às estruturas patriarcais da sociedade e da família, sendo apenas definidas pelo seu papel como mães e pela falta de autonomia, a raiva antiga ainda faz faísca.